No Senado, onde chegou a sentar no plenário, Cássio estava decidido a sair apenas com uma posição firmada. Sabe-se ainda que chegou a bater na mesa ao entregar o diploma da Secretaria Geral da Mesa dizendo: “Só saio daqui empossado!”.
Nessa hora, toda pressão ajuda.
Advogados e aliados políticos comemoram a decisão. Pelo menos, a partir de então, tem uma data certa para esperar. É a primeira vez, durante toda essa via crucis, que Cássio tem um dia certo pra tomar banho, vestir terno novo e assumir mandato no Senado Federal.
Apesar disso, assessoria jurídica do senador tucano, além de lideranças do PSDB Nacional, vão ficar atentas a qualquer surpresa desagradável por parte do PMDB ou de Wilson Santiago.
È provável que Santiago, que compareceu à sessão do Senado nesta quarta-feira como se “nada tivesse acontecido”, aproveite estes dias de “sobra” pra tomar alguma medida jurídica. Ou política. Todas, no entanto, consideradas inócuas dado o avanço do processo em favor de Cássio.
O tucano tem uma decisão do Supremo Tribunal Federal, o aval do Tribunal Superior Eleitoral, um diploma do Tribunal Regional Eleitoral e, agora, documento da Mesa Diretora do Senado apontando dia e hora de sua posse. No
Santiago bem que poderia entender que o jogo acabou. Tem o direito de “morrer em pé”, no entanto, mesmo que o direito não o acompanhe.
No campo político, é preciso admitir que o senador Cícero Lucena, presidente do PSDB paraibano, foi fundamental nesse processo. Em Brasília, ele agiu como pôde, conversando com Sarney, arregimentando tucanos de alta plumagem, Cícero tomou pra si a necessidade de garantir a posse do amigo, mesmo sem ter certezas de apoios futuros.
Agiu, claro, como deveria agir pois sabe que, em nível nacional, a posse de Cássio fortalece a bancada do PSDB e a oposição no Congresso. De toda forma, com a postura adotada em Brasília, Cícero Lucena se redime de ausências e silêncios registrados durante a via crucis de Cássio.
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