segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Governador RC lamenta morte do cineasta Linduarte Noronha autor do documentário Aruanda: ‘A Paraíba e o cinema estão tristes’

O governador Ricardo Coutinho (PSB) lamentou nesta segunda-feira (30) a morte do cineasta Linduarte Noronha. Segundo Ricardo, a Paraíba e o cinema amanheceram tristes com a perda de Linduarte.

A Paraíba e o cinema tristes. Notícia da morte do cineasta Linduarte Noronha. Glauber Rocha e o Cinema Novo beberam na fonte do seu Aruanda”, postou o governador no seu twitter.

Outro que lamentou a morte do cineasta foi o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB). Para Agra, o Estado e o Brasil perdem um dos ícones da cultura. “Votos de pesar à família do cineasta Linduarte Noronha. O Estado perde um dos ícones da cultura que mostrou a 7ª Arte da Paraíba ao Brasil”, frisou.

Linduarte morreu na madrugada desta segunda-feira (30) aos 81 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa, por conta de uma dificuldade respiratória apresentada depois de passar, recentemente, por uma pneumonia. Segundo informações da família do cineasta, ele sofreu uma parada respiratória.O corpo será velado a partir das 11h (horário local) no Parque das Acácias, na capital, onde também acontece o enterro às 18h.

O cineasta é um pioneiro do cinema local, tendo feito história no Brasil com o documentário em curta-metragem 'Aruanda', de 1960. O filme, que é sua principal obra, promoveu grandes modificações estéticas na cinematografia brasileira. Aruanda é tido como precursor do movimento Cinema Novo. Linduarte Noronha é natural de Ferreiros, em Pernambuco, mas constituiu toda a sua carreira na Paraíba.

O filme aborda a fundação de um quilombo de escravos fugidos na Serra do Talhado no município de Santa Luzia e revisita a mesma região flagrando os descendentes de escravos que viviam de forma primitiva, vendendo potes de barro feitos de forma artesanal.

O cineasta Linduarte Noronha também foi responsável pelo primeiro longa-metragem de ficção do cinema da Paraíba. Em 1971 ele dirigiu o Salário da Morte, que em função de problemas na filmagem e poucos recursos não conseguiu fazer sucesso nos cinemas.

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