Com base nas quatro últimas eleições municipais (2000, 2004, 2008 e 2012), o estudo coloca o Rio Grande do Norte com média de 71,7% de êxito dos candidatos à reeleição. A reportagem do Valor Econômico ouviu o cientista político da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) José Antônio Spinelli, que explicou que isso resulta do fato de a maioria dos municípios potiguares ser de extrema pobreza e com população dependente dos recursos públicos.
O
texto cita a incapacidade de realizar obras e benfeitorias. Daí a
necessidade de compensação encontrada pelos prefeitos com a prática
generalizada do clientelismo, da cooptação de lideranças e do uso e
abuso da máquina administrativa.
"Na
época da eleição, os prefeitos colocam a máquina para funcionar de modo
avassalador. Há um uso massivo e indiscriminado das finanças para se
reeleger. A compra de votos é generalizada", afirma Spinelli. No trecho
seguinte a matéria traz a afirmação de que "com pouca fiscalização, a
véspera da eleição é tida como o dia mais importante de campanha, quando
grupos de trabalho saem pela noite e varam a madrugada distribuindo
cestas básicas, camisetas e outros agrados aos eleitores.
Denúncias,
geralmente, são feitas pelos adversários políticos, mas os processos
não são concluídos e não há punição na maior parte dos casos". Na
reportagem o cientista político cita Mossoró como meio de perpetuação
por um único grupo político através de reeleições consecutivas e força
da máquina pública. "Será, na prática, o sexto mandato dela, Rosalba, ou
delas, já que todas são mulheres", acrescentou.
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