Desempregado, o mecânico de bicicletas Robson Alves da Silva, 39 anos,
residente no bairro Mario Andreazza, na cidade de Bayeux ( região
metropolitana de João Pessoa), colocou em risco sua vida ao injetar óleo
mineral no próprio corpo. Foi uma tentativa perigosa na busca de um
emprego. Robson imaginou que o ganho relâmpago de massa muscular lhe
garantiria a contratação por uma empresa de vigilância privada, no cargo
de segurança.
Robson Alves da Silva, sem qualquer consulta a um profissional de saúde,
seguiu conselhos dos amigos e começou a autoaplicação nos dois braços.
Foram 15 aplicações durante quatro meses. E, a pouco mais de um ano vem
sofrendo as consequências.O medo de Robson é justificado. Após ser
injetado nos braços, o óleo mineral forma uma espécie de bolsa entre os
feixes musculares, criando um processo inflamatório, infecciona e deixa o
tecido necrosado. É o caso do mecânico. O resultado foi o oposto do que
ele pretendia ao injetar a substância no próprio corpo.
O relato do mecânico é dramático. “Eu estava desempregado. Daí entrei na
onda e fiz aplicação do produto nos dois braços. Estou tendo náuseas,
febre, dores pelo corpo e vários problemas de saúde”, admite. Sua luta
agora é para fazer a cirurgia o mais rápido possível, na tentativa de
estancar a ação do óleo mineral em seu corpo.“Já fui há vários
hospitais. Falei com dezenas de médicas aqui em João Pessoa e em Recife,
mas até agora nenhuma solução. Estou dependendo do exame para o médico
analisar se vai ser possível fazer a cirurgia.
Em casos mais graves, o uso desses 'anabolizantes' pode resultar em
cirrose, disfunção sexual, alteração hormonal, amputação dos membros e
até óbitos. O óleo mineral pode ser comprado em farmácias e é usado no
tratamento da prisão de ventre, por via oral. Ainda tem sua indicação
para uso externo, na pele, para prevenir e tratar ressecamento.O corpo
de Robson apresenta hematomas e vermelhidão. Os músculos dos dois braços
estão visivelmente deformados e o tronco com sinais de inchaço. Ele
está assustado e arrependido.
Fonte: Hyldo Pereira

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