sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Cássio, Agra e Veneziano mais próximos do que nunca

Do ano 2004 pra cá, o governador Ricardo Coutinho já se aliou com todos os partidos possíveis, faltando apenas PCO, PSOL e PSTU. Então não existe espanto algum se amanhã Cássio Cunha Lima, Veneziano e Luciano Agra estiverem no mesmo palanque. A aliança está para a política assim como o oxigênio está para o seres vivos.

Segundo Alexis de Tocqueville,  na política, os ódios comuns são a base das alianças. E isso representa bem a possível aliança entre o PMDB e PSDB. Costumo dizer que alianças e rachas acontecem de acordo com a conveniência eleitoral do momento, onde os campos em disputa, que geralmente se dividem em oposição e situação, tendem a relevar conflitos menores em prol de um objetivo comum.

Cássio e Veneziano têm o mesmo entendimento; o governo é ruim e precisa ser substituído. Caso o governo estivesse bem avaliado, certamente o senador tucano manteria a aliança, pois não estaria frustrando o seu eleitorado e muito menos arriscando ser derrotado pela primeira vez na política.

Fazendo uma analogia no campo pessoal, François de La Rochefoucauld diz: “O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. A realidade é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem.” Sendo assim, os interesses recíprocos e a troca de favores representa a base dessa aliança. Cássio e Veneziano se ajudam. Um vai para o Senado e outro para o governo.

Já dizia o velho Ulisses Guimarães que, em política, nunca devemos estar tão distante que não possa se aproximar, nem tão próximo que não possa se afastar. Pensando assim que o senador Cássio sempre dosou suas alianças e críticas, evitando levar debates para o lado pessoal.

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