Um dia 16 de julho de 64 anos atrás faria o Brasil chorar seu drama
maior, o Maracanazo. Pois este 8 de julho de 2014 faz ele jorrar
lágrimas para a maior das suas humilhações. De joelhos! A derrota mais
vexatória do país celebrado mundialmente por ser o do futebol. O estádio
do Mineirão viu o triste capítulo de 50 ficar esmaecido, ao menos por
ora, na história. Vai ser difícil lembrar daquele 2 a 1 para o Uruguai
diante do que fez a Alemanha nesta semifinal. Uma tortura incomparável
para os apaixonados pela equipe canarinho. Os germânicos, em 45 minutos,
tornaram picadinho o sonho nacional de, enfim, conquistar o troféu em
seu território. Um 7 a 1 que não dá margem a senões, ressalvas e
paliativos. Não há razões possíveis para explicar tamanho resultado. As
ausências de Thiago Silva e Neymar, que seriam motivos razoáveis para
justificar uma derrota, não cabem para explicar o que se viu. A pior
derrota dos pentacampeões em toda sua gloriosa história!
Depois de muito mistério na véspera, Felipão surpreendeu e escalou
Bernard na vaga de Neymar. O menino com alegria nas pernas, na definição
do próprio treinador, entrou para atuar pela direita, com Hulk na
esquerda e Fred pelo meio. A ideia de ter um meio de campo mais
fortalecido, com Paulinho ao lado de Luiz Gustavo e Fernandinho,
tentando assim neutralizar o setor mais criativo dos alemães, foi
abortada em nome de tentar abafar a saída de bola rival. No início até
parecia que a tática poderia dar resultado e o jogo seria disputado, com
mais cara de uma semifinal entre as duas potências. Que nada! Bastou
uma jogada de bola parada, arma letal dos europeus, para a filosofia
derreter-se. Em um lance de perdição total da defesa, aos 10 minutos,
Daviz Luiz deixou Thomas Müller livre para fazer seu quinto gol neste
Mundial.

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