O
deputado federal paraibano Efraim Filho (Democratas), apresentou uma
pesquisa nacional que engloba dados relativos à educação pública e
privada e uma das conclusões do estudo, a queda do número de alunos
beneficiados pelo Financiamento do Ensino Superior (Fies) em 2015.
Segundo a
pesquisa, de 2010 até junho de 2015, o número de beneficiados pelo
programa somou 2,1 milhões de alunos, mas a taxa anual de novos
contratos deve cair pela metade este ano, depois das mudanças feitas
pelo Ministério da Educação no final de 2014, disse Efraim Filho.
De acordo com o
deputado paraibano, a redução de beneficiados pode comprometer uma das
principais metas do Plano Nacional de Educação (PNE), a de manter 33%
dos jovens de 18 a 24 anos nas universidades até 2020. Hoje, essa taxa é
de 16,8%.
“O número de
contratos de financiamento deu um salto de 2010 a 2015, mas caiu pela
metade este ano, o que pode atrasar em cinco anos o cumprimento da meta
do PNE”, informou Efraim Filho.
- O governo
federal mais uma vez permanece na teoria e a pátria educadora precisa
sair do campo teórico e ir para o campo prático, como entusiasta do
programa, continuarei acompanhando e cobrando de perto tudo o que
acontece com o FIES, buscando acima de tudo garantir ao estudante os
seus direitos e conquistas, pois todos temos direito a educação -
concluiu.
Mudanças
O Fies é um
programa do governo federal, criado em 1999, que empresta dinheiro para
alunos de instituições privadas de ensino superior. Em 2010, no final do
governo Lula, houve uma alteração no programa para incluir mais
pessoas, com juros abaixo da inflação. As taxas de juros caíram de 6,5%
para 3,4% ao ano. Pesquisas indicaram que o acesso ao crédito estava
causando distorções no ensino superior.
Uma pesquisa da
CM Consultoria concluiu que uma das consequências do maior acesso ao
financiamento foi o aumento dos valores das mensalidades das
instituições privadas de ensino superior, que também serviu como um
incentivo para que alunos, até então bolsistas, aderissem ao programa.
Os gastos do
Fies aumentaram de R$ 1,1 bilhão em 2010, para R$ 13,7 bilhões em 2014, o
que fez com que o Ministério da Educação (MEC) restringisse o acesso ao
programa no final do ano passado.
Em dezembro, o
aluno passou a ser obrigado a fazer pelo menos 450 pontos no Enem para
ter direito ao financiamento. Além disso, diminuiu de 12 para oito o
número de pagamentos do governo às universidades ao longo do ano.
Para se
inscrever o beneficiário tem que ter renda mensal bruta de, no máximo,
20 salários mínimos e não pode estar inadimplente com o Programa de
Crédito Educativo. Em troca da mensalidade, o aluno contemplado paga R$
50 a cada três meses, taxa que continua a ser paga por um período de 18
meses após a conclusão do curso. Depois disso, começa o período de
amortização da dívida, que é de 13 anos nos casos em que o curso durou
quatro anos.
Fonte: Ascom

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