O Esporte de Patos é mais uma vez o campeão paraibano da 2ª divisão. O
time venceu na tarde deste domingo o Paraíba, dentro do Estádio
Perpetão, e conquistou o título. Os gols do Esporte foram marcados por
Enercino e Eduardo Rato; enquanto que o Paraíba diminuiu com Hélio
Paraíba. Como a primeira partida tinha terminado empatada em 0 a 0, o
título foi patoense.
O jogo começou muito ruim, com os dois
times se respeitando muito e com medo de sofrer gols. Assim, poucos
lances de perigo foram registrados na etapa inicial. Os primeiros bons
lances só saíram aos 36 e aos 38. O primeiro do Esporte. Enercino chegou
bem, mas acabou chutando fraco demais. Dois minutos depois, França
testa Andrezon.
Assim, com o pé no freio e sem os times quererem jogar, parecia certo
que a etapa inicial terminaria sem gols. Mas aos 47, o Esporte abriu o
placar. Zé Wilker cruzou na área e Enercino colocou lá dentro.
No
segundo tempo, logo aos 11 minutos o Esporte ampliou. Depois de Jaílton
colocar a mão na bola dentro da área do Paraíba, Eduardo Rato foi para a
cobrança de pênalti e não perdoou.
Depois disto, o Esporte
recuou. E triste, a torcida do Paraíba começou a ir embora. Só voltou ao
estádio quando Hélio Paraíba diminuiu, aos 35, aproveitando falha de
Andrezon. A partir daí, foi só pressão. E o mesmo Andrezon que se
atrapalhou no gol do Paraíba acabou salvando o Esporte. Aos 40 e aos 41,
ele faz duas belas defesas e manteve a vantagem do Esporte, que
permaneceria até o fim.
Futebol paraibano de férias
Como
bem me lembrou a competente jornalista Hévilla Wanderley, pelo segundo
ano consecutivo o futebol profissional da Paraíba encerra seu ano
exatamente em 4 de outubro.
Tal como aconteceu em
2014, o ano de 2015 está encerrado! Fim de papo! E numa maldade do
destino, só para deixar tudo mais dramático, exatamente no mesmo dia em
ambos os casos. Três meses de marasmo pela frente. E só.
O Belo segue na Série C,
mas teve uma campanha medíocre ao longo de todo ano. Lanterna absoluto
do Nordestão, eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, vice-campeão
estadual e sexto colocado na terceira divisão nacional, numa campanha
pior do que a do ano passado.
O Campinense foi campeão
paraibano. Chegou um pouco mais longe no Nordestão. Mas segue fora de
divisão. A derrota nos pênaltis do Campinense neste domingo, por sinal,
já liquida desde já um dos grandes clubes de Campina Grande na temporada
de 2016, que tal como neste ano estará de férias ainda no primeiro
semestre.
Porque invariavelmente
apenas um clube paraibano vai ter vaga na quarta divisão. Ou Campinense
ou Treze entrarão precocemente de férias. Ou mesmo os dois, em caso de
um "intruso" se meter no caminho deles.
O Galo, por sua vez, teve
um ano ainda pior do que os demais. Depois de ser rebaixado da Série C
no ano passado, foi depenado no Campeonato Paraibano de 2015 e eliminado
na primeira fase da Série D. Está financeiramente quebrado, como disse
sua própria diretoria, e sem calendário para o ano que vem.
Mas... o que isto importa?
O torcedor do Belo vai
encher o peito e dizer que é o único classificado na Série C. O torcedor
da Raposa vai dizer que é o atual campeão paraibano e o único clube
centenário da Paraíba e o torcedor do Galo vai lembrar que é o maior
campeão paraibano deste novo milênio.
Todos, a rigor, estarão
certos. E afinal, alimentados pela rivalidade que é tão saudável para o
futebol. Mas no final das contas, estarão todos brigando para saber quem
está menos afundado na lama.
A verdade é que o futebol
paraibano agoniza. Tem um futuro incerto. E precisa urgentemente de
mais seriedade e mais profissionalismo para sair desta situação.
Dois anos depois, o
otimismo se foi. Em seu lugar, uma sensação de exaustão, de choro na
garganta, um suspiro triste de quem quer, mas não consegue vislumbrar
tempos melhores.
Fazer o quê? Ainda é outubro, mas o ano já acabou para o nosso futebol. Até 2016!
Fonte: GE/PB


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