Os brasileiros votam no próximo domingo para eleger os prefeitos e
vereadores de seus municípios. Como de costume, vão escolher primeiro o
vereador na urna eletrônica, depois o prefeito (o Tribunal Superior
Eleitoral disponibiliza um simulador para quem quiser treinar o voto).
Mas uma pequena alteração na regra, fruto da minirreforma eleitoral do
ano passado, pode levar o vereador que você escolheu a não conseguir se
eleger.
Neste ano, os vereadores precisam de um mínimo de votos para serem
eleitos. Um exemplo direto ajuda a entender o sistema. O mínimo de votos
para um partido conseguir uma cadeira na Câmara Municipal é de acordo com o chamado quociente eleitoral, que nada mais é o número de votos válidos dividido pelo número de vagas para os vereadores, e
já existia nas últimas eleições. O que mudou neste ano é que, além
desse mínimo partidário, o candidato também precisa de um mínimo de
votos: 10% do quociente eleitoral.
A alteração tira o sentido do chamado voto em legenda, como alguns
partidos têm alertado seus eleitores. Ainda existe a opção de votar
apenas no partido, mas, caso muitos eleitores dessa legenda não escolham
um candidato, o partido pode conseguir duas ou três vagas na câmara,
mas corre o risco de ficar sem nenhuma. Nesse caso, o cálculo é refeito e
candidatos de partidos que conseguiram menos votos podem acabar
eleitos.
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