O deputado federal Efraim Filho (DEM) revelou que tentou ser
subornado no período que esteve à frente da presidência do Comissão
Parlamentar de Inquérito dos Fundos de Pensão na Câmara Federal. A CPI
foi instalada em agosto de 2015 e teve duração de oito meses para
investigações. Nesse tempo o parlamentar afirmou que as “investidas foram
grandes”.
“As investidas numa investigação como essa são muito grandes. Ou você
se cerca de condições para se afastar e se manter neutro ou você vai
sucumbir. Proposta teve demais. Chegava o recado de que fulano queria
conversar e eu dizia que poderia conversar com minha equipe, então dali
parava”, revelou.
O deputado contou que para fugir das tentativas de corrupção se valeu
da estratégia de pedir a contratação de funcionários da Polícia Federal
para trabalhar com ele nas investigações da CPI.
“Minha estratégia e que deu certo foi de que assim que assumi a
presidência da CPI dos Fundos de Pensão, eu fiz a requisição de
servidores para poder trabalhar comigo. Da Polícia Federal foram três.
Trabalhou do meu lado um delegado da PF, um agente e um perito da PF.
Tinha um servidor do Banco Central e do Tribunal de Contas da União
comigo. Ministério Público também esteve participando com procuradores”,
explicou.
Ele relatou que a tática obteve êxito. “Com isso eu me resguardava,
porque qualquer tentativa que chegava a minha equipe o cara tinha que
conversar comigo e com o delegado da Polícia Federal do lado, então foi a
partir daí que eu consegui chegar a neutralidade, foi aí que eu
consegui ficar imune a esse tipo de investidas”, disse.
A CPI foi criada para investigar denúncias de aplicação incorreta de
recursos e manipulação de gestão nos fundos de previdência complementar
de servidores públicos e de estatais entre 2003 e 2015. No relatório
final da CPI foi aprovado 353 indiciamentos, entre
pessoas e instituições, apontadas como responsáveis por um prejuízo de
R$ 6,6 bilhões a quatro fundos de pensão.
Fonte: Blog do Gordinho
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