Saga lagoense
Fundada este ano, debutante e desacreditada por muitos no início do certame, a Lagoa conseguiu unir qualidade, raça e entrosamento para superar as barreiras e conquistar o inédito caneco.
Na primeira fase encarou o São Vicente. Sem sustos, venceu os dois jogos, o de ida por 2 a 0 e o de volta por 4 a 2, surpreendendo os adeptos.
Na segunda fase, já com jogo único, o caldo engrossou, porém o time não se intimidou e jogou de igual para igual contra a Ipoeiras Funda, do talentoso Wellison. No tempo normal 0 a 0. Nos pênaltis, 3 a 2 para a Lagoa e vaga garantida na finalíssima.
Serrotes Preto e os leões
Em sua estreia, o time do Serrotes Preto enfrentou nada mais, nada menos que o campeão de 2015, o Rio de Várzea, considerado até então como favorito ao bicampeonato. Não contrariando a lógica, o Serrotes foi derrotado no jogo de ida por 1 a 0, resultado que deixava a vaga em aberta.
No duelo de volta, cautelosos e coesos, os jogadores do Serrotes conseguiram impor um ritmo de jogo mais forte que o do adversário e acabaram marcando os gols necessários para a classificação, 2 a 0.
Na semifinal, mais uma pedreira, o Novo Horizonte. Mas como a sorte também faz parte do futebol, o artilheiro e camisa 10 do time do Assentamento, Rodriguinho, não pôde estar presente e acabou desfalcando seu time no momento crucial. Melhor para o Serrotes Preto, que neutralizou o ataque horizontino e até meteu uma bola no travessão com Ezequiel, mas o jogo acabou mesmo no 0 a 0. Nos penais, 5 a 4 Serrotes, para a felicidade do técnico Manoel Ozório.
Final
Antes da bola rolar, além do enorme público presente nas arquibancadas, o que mais chamou a atenção foi a irreverência do estiloso técnico da Lagoa, Paulo Paraguai, provando que entende muito de futebol e também de moda.
Dentro das quatro linhas, Lagoa e Serrotes Preto iniciaram o jogo de forma elétrica. Logo aos três minutos o árbitro marcou pênalti para o Serrotes, que o atacante Ezequiel bateu e mais uma vez esbarrou no poste, então a partida ficou truncada com raras chances reais de gol.
O cronômetro já marcava 38 minutos do segundo tempo e a torcida, convencida, já aguardava os pênaltis. Ninguém mais imaginava que algo de melhor pudesse acontecer, até que a Lagoa se arriscou no ataque e a bola acabou sobrando na perna esquerda do seu principal jogador, Zé Maria, que bateu de primeira, cruzado, no canto do goleiro Rafael que se esticou mas não conseguiu topar nela. A metade tricolor do estádio foi ao delírio, era o tento derradeiro daquela decisão.
A partir daí a Lagoa se fechou e apenas esperou o apito final para comemorar o primeiro título rural de sua história.
Premiação
Após a partida houve a entrega da premiação do campeonato. Atletas campeões e vices foram contemplados com medalhas, como também os vencedores de prêmios individuais; confira:
Melhor jogador - Rodriguinho Mota (Novo Horizonte)
Melhor goleiro - Lucian Martins (Lagoa)
Artilheiro - Rodriguinho Mota (Novo Horizonte)
Jogador revelação - Zé Maria (Lagoa)
Jogador revelação - Mateus Rocha (Serrotes Preto)
Arbitragem
O trio de arbitragem foi formado por Valber Filho (árbitro central), José Macedo (1° assistente) e João Batista (2° assistente).
Autoridades municipais estiveram presentes prestigiando o momento a exemplo do prefeito Galego, do secretário de Educação, Cultura, Desportos e Turismo, José Amilton, demais chefes de pastas e vereadores.
O evento contou com o apoio da equipe da Saúde do município e da Polícia Militar. A cobertura audiovisual foi feita pela TV Santa Luzia.
O Ruralzão 2016 foi uma promoção da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação, Cultura, Desportos e Turismo em parceria com as comunidades rurais.
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