A deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) é, defintivamente, uma candidata diferente em Campina. Todos os demais se esforçam pra dizer que são candidatos e não crescem. Ela diz que não é cresce.
A fórmula “ainda é cedo” vem dando certo pra deputada, que prefere se manter à margem, ou à frente, da polarização da disputa em Campina Grande, resumida há quase dez anos em Vital do Rego versus Cunha Lima.
“Quando o povo quer não tem grupo ou padrinho político que tire”, disse a deputada em entrevista ao Conexão Arapuan, onde ela reafirmou que não pretende ser candidata nem de Cássio Cunha Lima, nem de Ricardo Coutinho e nem de Veneziano Vital do Rego.
Como em política o que vale são os gestos ou as ações e não as palavras, Daniella deixou transparecer que no seu ranking da rejeição o governador Ricardo está na frente de Veneziano.
Durante toda a entrevista, a deputado preferiu tecer mais críticas a Ricardo Coutinho do que a Veneziano, a quem chegou a “inocentar” do caso do uso do cheque da saúde na conta de campanha nas eleições de 2008, quando Daniella estava no palanque dos Cunha Lima. “Se a Justiça inocentou quem sou eu pra dizer o contrário”, declarou.
Sobre a gestão fez apenas algumas críticas pontuais à gestão da saúde, cuja secretária, Tatiana Medeiros, pretende ser candidata.
Foi contra Ricardo Coutinho que revelou mais mágoas. Chegou a dizer que se fosse eleita vice-governadora na chapa de Ricardo, como se cogitava na pré-campanha, já teria rompido politicamente com o governador.
Por enquanto, no entanto, ela revela que vai ser oposição a tudo aquilo que se mova. Mas dá sinais que prefere estadualizar seu debate oposicionista.
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