O Tribunal de Justiça de Alagoas condenou o ex-prefeito da cidade de
Jundiá, no leste alagoano, Beroaldo Rufino da Silva a prestar trabalhos
comunitários por gastar R$ 1.160, em verba pública, em uma casa de
striptease, a Amandas Night Clube Shows, em 1998.
Segundo o TJ,
Beroaldo foi à casa de shows, usou os serviços e passou um cheque pago
pela prefeitura, e que não tinha fundos. Com a condenação, divulgada
nesta quarta-feira, o político é considerado "ficha suja".
"Em
realidade, analisando os autos, verifica-se que o denunciado efetuou
sim despesa ilegal, em proveito próprio, com cheque da prefeitura que
administrava. Vale dizer, tratou a coisa pública como se sua fosse,
efetuando gasto desprovido de finalidade pública e sem atentar aos
procedimentos legais de prévio empenho e justificativa de despesa,
tanto que o dito cheque foi devolvido por duas vezes por insuficiência
de fundos", disse o desembargador Edvaldo Bandeira Rios, relator do
processo. Ele pediu a condenação do prefeito e foi seguido por
unanimidade.
No processo, a defesa do ex-prefeito Beroaldo disse
que a acusação teve objetivo político eleitoral. Ele alegou que o
cheque foi passado um homem que prestou serviços em Jundiá e que, por
sua vez, passou o cheque ao gerente da boate erótica. O funcionário
teria descontado o cheque antes da data acordada, por isso a falta de
fundos.
Os argumentos, no entanto, não convenceram os
desembargadores. Além da prestação dos serviços à comunidade por três
anos e três meses, também foi decretada a inabilitação do ex-prefeito
para o exercício de cargo ou função pública por cinco anos. Beroaldo é
investigado, pelo Ministério Público Estadual, por desvio de dinheiro
público e uso de documento falso.
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