A secretária de Comunicação do
Estado, Estela Bezerra, condenou na noite desta sexta-feira a veiculação
de matéria no Jornal Nacional dando conta do indiciamento por parte da
Polícia Federal de 23 pessoas em razão da implantação do projeto Jampa
Digital em João Pessoa, conforme veiculou o portal Politicapb. A
secretária descartou que o governador Ricardo Coutinho, citado na
matéria, tenha sido indiciado pela PF e declarou que ele sequer foi
ouvido durante toda a investigação.
“Até o momento o governador não foi
notificado para prestar quaisquer esclarecimentos por nenhum dos órgãos
oficiais de controle ou investigação envolvidos, ou seja, CGU, PF e TCU.
Causa estranheza esse questionamento por parte da imprensa, pois até
onde se sabe o nome do governador não está relacionado”, declarou
Estela.
Ela disse ainda que o Jornal Nacional sequer se propôs a ouvir a versão do governador ou do vice-governador do Estado.
Segundo ela, qualquer divulgação de
material na imprensa insinuando o indiciamento do governador será
passível de processo judicial para reparação da verdade. Advogados
ligados ao governo alegaram que ninguém pode ser indiciado sem sequer
ser citado ou ouvido num inquérito ou processo. O procurador-geral do
Estado, Gilberto Carneiro, declarou que vai tomar as providências
jurídicas cabíveis para evitar abusos cometidos, seja no desenrolar do
processo, seja pela imprensa. “Lamento que o inquérito esteja servindo
mais para especulações pela imprensa que faz oposição ao governo do que
para o conhecimento das pessoas citadas”.
Gilberto Carneiro, que respondia
pela Secretaria de Administração de João Pessoa na época da implantação
do Jampa Digital, declarou que o processo de licitação, o pregão
19/2009, foi acompanhado e aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado. A
Secretaria de Administração apenas licitou o projeto, que foi executado
pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, ocupada, à época, por
Aguinaldo Ribeiro, ministro das Cidades.
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