Segundo a
meteorologista da Aesa, Carmem Becker, apesar dos índices pluviométricos
ficarem dentro da normalidade neste período, as chuvas devem ocorrer de
forma irregular. "Os prognósticos para o Sertão e Alto Sertão do Estado
apontam para a ocorrência de chuvas isoladas e distribuídas de forma
desigual. Então, é natural que sejam registradas ocorrências mais fortes
em uma cidade e apenas uma garoa nos municípios vizinhos", explicou.
A previsão já
havia sido anunciada pela Aesa, em dezembro do ano passado, durante a II
Reunião Climática organizada pelo Governo do Estado. O evento contou
com especialistas em clima e tempo de todo o Nordeste. "Já tínhamos
relatado que, gradativamente, as condições climáticas iriam se tornar
favoráveis. Reafirmamos esta análise meteorológica no último encontro
realizado nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Rio Grande do Norte",
lembrou o meteorologista Alexandre Magno.
Em fevereiro, o
setor de Monitoramento e Hidrometria da Aesa registrou chuvas
significativas em várias cidades. Entre os municípios com maiores
índices pluviométricos acumulados ao longo do mês passado estão: Mato
Grosso (247 mm); São João do Rio do Peixe (229 mm), Antenor Navarro (229
mm), Bom Jesus (219 mm), Mari (209 mm) e Jericó (200 mm), Salgado de
São Félix (192 mm) e Nova Floresta, (178 mm).
Diante dos
números e da previsão, o presidente da Aesa, João Vicente Machado, disse
estar esperançoso em relação à recarga dos principais mananciais
paraibanos. "Acreditamos que este período chuvoso vai ser bem melhor do
que os dos anos de 2012 e 2013, quando tivemos chuvas abaixo da média. É
possível que não possamos recompor toda a carga dos reservatórios, mas
pelo menos parte significativa destes volumes", comentou.
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