Em meio a indefinição da executiva do Democratas sobre manter ou não o
apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB) nas eleições estaduais deste
ano, o presidente estadual do partido na Paraíba, Efraim Morais evitou se comprometer ao comparar as gestões tucana e socialista quando indagado quem melhor tratou a legenda.
“Participei com muita honra do governo de Cássio em 2002 até 2009 quando houve a cassação e foi uma participação
que houve mão dupla, tanto por parte dele, ajudando a Paraíba e a sua
administração, com grande parte dos recursos advindos de emenda
parlamentar minha e a recíproca dele para com o partido sempre foi
forte, porém tive uma participação como legislador, já com Ricardo
Coutinho trabalhei no executivo e garanto que a recíproca foi
igualitária e não tenho duvidas que os dois fizeram um grande governo”,
falou.
Apesar da esquiva, Efraim Morais acabou revelando um mal estar político,
registrado em 2002, mas que até agora parece não ter sido diluído pelos
Democratas. O ex-senador revelou que um emissário do PSDB à época foi
até a executiva do DEM para solicitar uma lista sêxtupla, contendo
outros nomes, além de José Lacerda Neto como opção para ocupar a vaga de
vice na chapa de Cássio. Ele disse que apesar de surpreso com a
solicitação, já que havia indicado Zé Lacerda para o posto, atendeu à
solicitação e deu sua resposta.
“Fui até o computador e digitei seis nomes, encabeçando a lista Zé
Lacerda, o segundo nome era Zé Lacerda, o terceiro Zé Larcerda, o
quarto, o quinto e o sexto também era Zé Lacerda, já tínhamos nossa
decisão, não sei se Cássio sabia disso, se foi ele quem mandou o
emissário, acredito que não, mas eu entreguei os seis nomes de Zé
Lacerda e disse que se ele não fosse candidato a vice na chapa de
Cássio, ele então seria vice na minha chapa, pois eu iria disputar o
Governo também”, revelou.
Efraim lembrou que o DEM sempre trabalhou de jogo aberto e todas as
vezes em que caminhou do lado de Cássio houve reciprocidade. “Fui um dos
mais votados em Campina Grande e Cássio foi eleito com 84% dos votos na nossa região em Santa Luzia, então sempre foi uma aliança forte”.
Para este ano, Efraim disse que vai seguir a orientação
da maioria sobre marchar ou não ao lado de Cássio nas eleições deste
ano, porém ele, pessoalmente, revela preferência pela manutenção da
aliança com o atual governador Ricardo Coutinho.
Fonte: PB Agora
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