O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), avaliou a campanha
que resultou na reeleição como a mais difícil da sua trajetória
política. A declaração foi dada em entrevista coletiva em um hotel na
orla de João Pessoa, na noite deste domingo (26). O socialista agradeceu
aos eleitores pelos mais de 1 milhão de votos que recebeu.
“Essa caminhada foi muito difícil, talvez tenha sido a caminhada mais
difícil que eu, particularmente, tenha feito ao longo da minha vida, ao
longo dessa história política”, disse Ricardo Coutinho. “Foi uma
disputa entre o fazer e o prometer, entre o conteúdo e a embalagem”,
continuou o governador, criticando diretamente o senador Cássio Cunha
Lima (PSDB), derrotado por ele.
No pleito deste domingo o socialista alcançou a reeleição com 52,61% dos votos válidos, um total de 1.125.956 votos; contra 47,39% (1.014.393 dos totais) do candidato tucano.
Durante a entrevista, o governador também afirmou que vai conseguir
ter governabilidade para sua gestão com o apoio dos aliados no Congresso
Nacional e também na Assembleia Legislativa. “Tivemos uma vitória
bonita, uma vitória maiúscula, uma vitória que consolida uma posição na
Paraíba: que nenhum de nós é imbatível, que o povo elege e tira quem
acha que deve tirar", disse.
Ricardo citou ainda a aliança partidária que fez, destacando
principalmente o PT e o PMDB, este último passou a apoiar o governador
apenas no segundo turno. “Não fizemos uma aliança s para ganhara a
eleição, fizemos uma aliança programática. É mais do que uma aliança
eleitoral e tem que ser de governabilidade.”, declarou o governador.
PSB precisa de momento de imersão
O governador também falou sobre os rumos do seu partido em nível
nacional. No segundo turno após a direção do PSB decidir apoiar a
candidatura de Aécio Neves (PSDB) ele declarou que ficaria do lado da
presidente Dilma Rousseff (PT) e foi liberado para isso. Agora, Ricardo
afirmou que o partido precisa rever suas posições.
“Acho que o PSB, antes de qualquer coisa, precisa de um momento de
imersão, para que a gente possa discutir de uma forma mais profunda
todos os fatos que aconteceram conosco. Para onde o PSB foi? Qual foi o
impacto da candidatura de Marina? Porque descemos rapidamente, porque
fizemos uma opção como aquela [apoio a Aécio] no segundo turno?Nós temos
a condição de estabelecer um novo diálogo programático”, pontuou.
Fonte: Jornal da Paraíba
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