Um dos melhores ditados que podemos empregar na política local é o de
que: não existem espaços vagos que sejam imediatamente indicados pelos
respectivos padrinhos. Conjuntura vivida pela gestão da Capital que tem
como timoneiro o prefeito Luciano Cartaxo, que viu diversas figurinhas
carimbadas do seu secretariado entregarem os cargos após a saída do
gestor do Partido dos Trabalhadores e a consequente filiação ao PSD.
Um dos primeiros a observar atentamente tal conjuntura, foi o deputado
Rômulo Gouveia, que não por acaso, é chamado de o Gordinho mais maneiro
da política paraibana. Depois da articulação que surpreendeu meio mundo
analistas locais, tirando o prefeito Luciano Cartaxo do PT e levando-o
para o seu próprio partido, o PSD, ele agora já começa a materializar o
segundo ato de sua grande manobra eleitoral: a atração de Cartaxo para o
projeto do senador Cássio Cunha Lima.
De acordo com informações levantadas pelo PB Agora junto
a um vereador muito próximo ao esquema Cartaxista, Cássio vai entrar
devagar e sem chamar a atenção. Nesse primeiro momento, nada de Cunha
Lima ou figuras de proa do PSDB no primeiro escalão, até para não causar
ciúmes, não se comprometer por inteiro e também não parecer traição a
aliados que estiveram com ele na campanha do ano passado, leia-se:
Manoel Junior (PMDB), Wilson Filho e Raoni Mendes, todos desafetos do
prefeito da Capital.
Cássio Cunha Lima, uma águia política, quer também testar o
comprometimento de Cartaxo com o projeto 2016-2018, onde ele seria o
candidato a senador, segundo esta mesma fonte da Casa de Napoleão
Laureano, e o hoje prefeito da Capital, caso reeleito, concorrerá o
mandato de governador, seguindo os caminhos do ex-aliado Ricardo
Coutinho (PSB). Ainda sobrariam as vagas de vice-governador e a outra de
senador para negociar com o PMDB e com o deputado Damião Feliciano, que
é tratado já no tucanato como um dos grandes cardeais da política
paraibana assim que sua esposa, a vice-governadora Lygia Feliciano, assumir o Governo com o afastamento de Ricardo Coutinho para concorrer ao Senado nas próximas eleições estaduais.
OS NOMES DE CÁSSIO
Atende por André Coelho, atual assessor de gabinete e homem de confiança
em João Pessoa do deputado federal Pedro Cunha Lima, filho de Cássio, o
primeiro nome para compor o secretariado de Luciano Cartaxo. Ele foi
indicado para a Funjope, ocupada por Mauricio Burity, sobrenome que
causa urticária só dos Cunha Lima ouvirem falar. Mas o vereador
Cartaxista garante que ele deverá ser deslocado para outro local, porque
Mauricio e sua esposa são muito queridos pela primeira-dama, Maísa
Cartaxo.
O outro nome de Cássio é o de Wellitânia dos Anjos, ex-companheira de
Luciano Agra, com quem Cássio se aproximou muito nas últimas eleições.
Wellitânia, que tem especialização em Meio Ambiente, jå foi secretária
adjunta da pasta e agora voltaria por cima, ocupando a titularidade no
lugar de Daniela Bandeira, indicada por Damião Feliciano, mas que
Cartaxo, segundo ainda a fonte, tem certeza que marchará com a
candidatura do PSB no próximo ano.
RÔMULO E BIRA AGEM NOS BASTIDORES
O gordinho Rômulo, aproveitando o papel de cupido entre Cássio e
Cartaxo, aproveitou essa primeira leva para também indicar o nome de seu
fiel escudeiro: Walfrido Silveira, para uma secretaria-adjunta, com
grandes chances de ser a da Ação Social, já que é dada como certa no
Paço Municipal a ascensão de Joubert Fonseca
ao cargo que era de Marta Gerusa, cunhada do deputado Anísio Maia, que
rompeu com o esquema Cartaxista para ficar com o PT. Justamente pelo
movimento contrário que fez o vereador Bira, rompendo com o PT e ficando
com Cartaxo, e que mesmo com um mandato apagado, seria premiado até
como exemplo de lealdade para que todos saibam como age o prefeito da
Capital. A favor de Bira Pereira também conta o fato dele ser um
anti-ricardista ferrenho, que não tem medo da cara feia do governador e
hoje, ao lado de Adalberto Fulgêncio e Zeneddy Bezerra, ser um dos
poucos que tem coragem de peitar o governador e seus aliados em defesa
de Luciano Cartaxo.
Em tempos de danças das cadeiras, indicações políticas e reorganização
das forças políticas na gestão Cartaxo, um ensinamento pregado por
Cícero está em voga: “Quem recebe um favor deve lembrar-se dele. Quem
faz um favor deve esquecê-lo”.
Fonte: PB Agora
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