A Revista Veja, em sua edição mais recente, trouxe uma reportagem na
qual o deputado federal Efraim Filho (DEM), presidente da CPI dos Fundos
de Pensão, nega que a Comissão terminará em “pizza”, como teria
acontecido à CPI da Petrobrás, presidida pelo também paraibano Hugo
Motta (PMDB). A revista, considera que a Lava Jato teve um “fim
melancólico”, por não culminar com a prisão de envolvidos nas denúncias.
Leia, abaixo, a reportagem:
“Após
o fim melancólico da CPI da Petrobras, encerrada nesta semana depois de
poupar todos os políticos e parlamentares envolvidos no propinoduto que
sangrou a estatal, deve ganhar os holofotes na Câmara dos Deputados
outra comissão de inquérito com potencial avassalador para o governo e o
PT. Ainda despercebida, a CPI dos Fundos de Pensão se debruça, há dois
meses, sobre contratos com indícios de também terem sofrido influência
de figuras petistas já conhecidas do noticiário policial, como o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu, ambos presos na Operação Lava Jato. De acordo com o presidente
da CPI, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), já está constatado que o mesmo
modus operandi usado nos escândalos do mensalão e do petrolão foi
repetido nos recursos destinados a aposentados e pensionistas. “O que a
gente identifica é que há uma máquina de corrupção do PT para financiar
um projeto de poder”, afirma o parlamentar. O foco da comissão, nos
próximos dias, será conseguir aprovar a convocação do pecuarista José
Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, suspeito de articular o
pagamento de propina à nora do petista com recursos da Sete Brasil,
empresa ligada à Petrobras. Leia a entrevista ao site de VEJA.
A
CPI dos Fundos de Pensão também corre o risco de acabar em pizza? Toda
CPI começa com a presunção de pizza, mas eu estou otimista de que
teremos bons resultados. Há uma diferença de que essa CPI está sendo
comandada pela oposição, então o governo não influencia aqui. Ainda há a
questão do apelo social da comissão, estamos defendendo aposentados e
pensionistas, e isso dificulta também o discurso de blindagem do
governo. A CPI é protagonista dos seus fatos. Nós vamos produzir as
provas da nossa investigação. Nós não temos uma operação Lava Jato ao
lado que pauta a comissão. Para nos ajudar nas apurações, nós
requisitamos o apoio de servidores do Banco Central, do Tribunal de
Contas da União, da Comissão de Valores Mobiliários, da Previc e da
Polícia Federal.
Em dois meses, o que a CPI já pôde
constatar? Logo percebemos que o mesmo modus operandi do mensalão e do
petrolão pode ser identificado nos fundos de pensão, que é o
aparelhamento das instituições, o tráfico de influência e o
direcionamento dos negócios para interesses pessoais. Isso em um
montante de 350 bilhões de reais em quatro fundos de pensão (Petros,
Previ, Funcef e Postalis).
As delações da Lava Jato podem
ajudar nas investigações? Sem dúvidas. Já estávamos debruçados sobre o
Postalis e a delação do Fernando Baiano jogou ainda mais luz sobre esse
processo, identificando interesses de pessoas como Eike Batista, João
Ferraz (ex-presidente da Sete Brasil), José Carlos Bumlai (amigo do
ex-presidente Lula) e Lula. O Ferraz esteve na comissão no início do mês
e afirmou que se encontrou com o Lula. Ele falou isso antes da delação,
o que já legitima pelo menos parte das declarações do delator. Agora,
há informações de bastidores de que o próprio Ferraz está em processo de
delação na Lava Jato. Ou seja, podem surgir novas evidências em breve.”
Fonte: Veja com PB Hoje
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