Após séculos de espera, a Paraíba começou a receber, na noite desta
quarta-feira (8), os primeiros metros cúbicos de água da transposição do
Rio São Francisco, no eixo leste. Segundo a assessoria de imprensa do
Ministério Público Federal (MPF), que está acompanhando a chegada da
água, a informação foi confirmada pelo secretário nacional de
Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, Antônio de
Pádua de Deus, durante uma reunião em Sertânia, em Pernambuco.
Um vídeo postado pelo jornalista Tiago França, em uma rede social,
mostra o momento em que a água passa no último segmento de canal da
transposição para entrar no túnel, por volta das 18h20, já na zona rural
de Monteiro, próximo à divisa com Pernambuco.
A previsão dos engenheiros da obra é de que a água saia no túnel final
de Monteiro por volta das 21h. Na cidade paraibana, os moradores
aguardam a chegada da água na saída do túnel.
O último prazo divulgado pelo Ministério da Integração Nacional era de
que a água chegasse à Paraíba até o próximo sábado (11), mas ela está
chegando três dias antes. Entretanto, no início deste ano, o Ministério
da Integração chegou a divulgar que a água iria chegar em 28 de
fevereiro.
Na sexta-feira (3), a população paraibana foi pega de surpresa, quando o
Ministério da Integração Nacional confirmou um vazamento na barragem
Barreiro, entre as duas últimas estações elevatórias de água. O medo era
que o problema atrasasse a chegada da água em Monteiro, em longo prazo.
Estudada desde a época do império no Brasil, a obra foi iniciada em
2007 com previsão de conclusão para 2012. A água do 'Velho Chico' chega à
Paraíba no momento da maior crise hídrica da história do estado, que já
dura cinco anos. Por causa da falta de chuvas significantes, a maior
parte das cidades do Sertão, Cariri e Agreste estão enfrentando
racionamento no abastecimento de água encanada e algumas são abastecidas
por carros-pipa.
Para onde a água vai?
Depois de chegar em Monteiro, a água agora vai seguir pelo Rio Paraíba e passando pelos açudes de Poções, Camalaú, Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, depois segue para Acauã, Aracagi, chegando até um perímetro irrigado que está sendo criando na cidade de Sapé. Para facilitar a passagem da água, os açudes de Poções e Camalaú estão passando por obras para abrir espaço nas barragens. Assim, não será necessário aguardar que estes açudes encham para que a água siga seu caminho natural.
Depois de chegar em Monteiro, a água agora vai seguir pelo Rio Paraíba e passando pelos açudes de Poções, Camalaú, Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, depois segue para Acauã, Aracagi, chegando até um perímetro irrigado que está sendo criando na cidade de Sapé. Para facilitar a passagem da água, os açudes de Poções e Camalaú estão passando por obras para abrir espaço nas barragens. Assim, não será necessário aguardar que estes açudes encham para que a água siga seu caminho natural.
A viagem da água que leva esperança para os paraibanos do Cariri e
Agreste começa na cidade pernambucana de Petrolândia, a 429 quilômetros
de Recife. A água é captada na barragem de Itaparica e segue por 208
quilômetros até a cidade de Monteiro, no Cariri paraibano.
Situação dos açudes na PB
O açude de Poções, em Monteiro, tem capacidade para armazenar 29,8 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 251.474 mil, o que corresponde a 0,8%. O açude de Camalaú tem capacidade para armazenar 48,1 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 2,8 milhões, o que equivale a 6% da capacidade.
O açude de Poções, em Monteiro, tem capacidade para armazenar 29,8 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 251.474 mil, o que corresponde a 0,8%. O açude de Camalaú tem capacidade para armazenar 48,1 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 2,8 milhões, o que equivale a 6% da capacidade.
Já o açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no
Cariri paraibano, tem capacidade para 411,6 milhões de metros cúbicos de
água, mas está come apenas 14,7 milhões, o que corresponde a 3,6% da
capacidade total. Boqueirão abastece Campina Grande
e outras 18 cidades da região do Agreste. Essas cidades estão em
racionamento desde dezembro de 2014 por causa da crise hídrica.
Ainda no caminho que as águas da transposição devem passar depois que
chegarem na Paraíba, depois de Boqueirão a água segue para o açude de
Acauã, em Itatuba,
que pode armazenar até 253 milhões de metros cúbicos de água, mas está
com apenas 15,2 milhões, o que equivale a 6%, e depois vai para o açude
de Araçagi, que tem capacidade para em 63,2 milhões de metros cúbicos de água e está com 44 milhões, que corresponde a 69,6%.
Fonte: G1
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