Em Várzea, Semana da Consciência Negra é celebrada com festa e reflexão

Música, dança, capoeira e diversas outras ações. Na Escola Hermínio Silvano da Silva, na Comunidade Quilombola de Pitombeira, localizada na zona rural de Várzea, as muitas manifestações da cultura de origem africana marcaram o Dia D da Semana Consciência Negra, instituída no município e comemorada a cada ano.

A programação alusiva ao 20 de novembro foi elaborada pela Associação Comunitária do Quilombo, e executada com o apoio de vários parceiros, dentre eles a Prefeitura Municipal. O poder público deu total apoio logístico e estrutural ao evento.

O cronograma se iniciou com as falas de representantes da Associação: Zuíla Santos (presidente), Dona Geraldina (artesã e ícone da comunidade), Antônio Lisboa (líder religioso) e Getúlio Hermínio (vereador). Em seguida tivemos apresentação cultural com o grupo de jovens Negra Raiz, poesia com Railzon Paulino, dança com alunos da Escola CQP, apresentação das quatro famílias que deram origem ao Quilombo Pitombeira, carta aos Quilombolas com Luzimar Silva, relato sobre os primeiros habitantes com Antônia Cristina, peça teatral, desfile da beleza negra de Pitombeira e exposição fotográfica.

A equipe de Saúde do município esteve presente ofertando serviços como vacinação, aferição da pressão arterial e teste de glicemia. A Secretaria de Cultura e Desportos distribuiu material para o desenvolvimento de atividades esportivas e de lazer. A Secretaria do Trabalho e Assistência Social serviu um lanche ao término da manhã.

Em meio ao momento célebre, o vice-prefeito do município, Alexandre Magno, usou o microfone para anunciar que as obras de construção da nova Escola Quilombola Hermínio Silvano estão praticamente finalizadas, faltando apenas detalhes para a sua inauguração. "Em 2023, os jovens de Pitombeira terão um lugar mais digno para estudos, com salas amplas e climatizadas, e mobília nova", ressaltou.

20 de Novembro

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.